sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

MOCOTÓ: alegre e receptivo como o povo nordestino!


Estava ansiosa para conhecer este restaurante! De tanto ler críticas positivas a respeito, minha veia nordestina pulsou forte e fez crescer, no meu consciente (ou seria do meu coração?), uma vontade incontrolável de correr até este templo da culinária sertaneja. A cada vez que eu e minha amiga Luli marcávamos e desmarcávamos o nosso encontro no Mocotó, meu desejo de comer os famosos Dadinhos de Tapioca aumentava. Mas, finalmente, no sábado passado, conseguimos cumprir a nossa promessa e retornamos às nossas origens, degustando autênticas guloseimas nordestinas.
Eu devo confessar que subestimei toda a fama e a conhecida disputa por uma mesa neste restaurante. Imaginei que, indo num sábado e chegando às 12:00 horas, seria tranquilo de conseguirmos uma mesa, mas não foi bem assim que aconteceu. Estávamos lá às 12h10min e só conseguimos nos acomodar numa mesa grande, comunitária, que, ao invés de cadeiras, tinha bancos compridos e igualmente coletivos. Embora a mesa não fosse tão desconfortável e não tenhamos sido atrapalhados pelas outras pessoas que a dividiram conosco, acho que a hostess deveria ter nos avisado que a única mesa disponível era aquela, nos dando a opção de sentarmos ou aguardarmos outra melhor. Entretanto, ela se limitou a nos direcionar até lá e pronto.
Superado o inconveniente da mesa, o atendimento dos garçons se revelou nota 1.000. Eram atentos, ágeis e simpáticos. Rapidamente nos entregaram os cardápios e, com a mesma velocidade, foram trazendo as comidas e bebidas solicitadas. Nos ajudaram na escolha do tipo e do tamanho dos pratos e, sem pressa ou insatisfação, responderam a todas as nossas perguntas. Mais uma vez, reitero, tratamento nota 1.000.
Mas, como todos sabem, não é só o atendimento que molda o sucesso de um empreendimento gourmet. O principal é a comida servida. Então, vejamos os quitutes devorados...
Primeiramente, para acompanhar os tira-gostos, pedi um coquetel batizado como "Mandacaru", uma mistura de cachaça, suco de limão e Cointreau, servida em uma taça crustada com sal. Parecia uma marguerita nordestina, com cachaça no lugar da tequila.


De entrada, montamos um trio de peso: (1) dadinhos de tapioca; (2) queijo-de-coalho com melado; e (3) mocofava.
Quando combinamos de ir ao Mocotó, nós tínhamos uma certeza, não importava quais seriam as consequências ou as nossas escolhas posteriores, pediríamos os dadinhos de tapiocas. Que são cubinhos de grão de tapioca com queijo coalho dourados e servidos com molho agridoce de pimentas vermelhas. Uma verdadeira explosão de sabor! Eu passaria o resto do dia comendo aqueles quadradinhos preparados por um verdadeiro deus da gastronomia. Porção com 6 unidades: R$ 12,90; com 12 unidades: R$ 19,90.


Nada soa mais nordestino do que queijo coalho assado. Quem, ao frequentar uma praia no Nordeste, não se deparou com um vendedor carregando um tabuleiro de queijo em uma mão e uma lata de leite ou de nescau cheia de carvão na outra? Você pede o queijo, eles pegam o espeto e assam na brasa que está na lata. No Mocotó, a diferença, além do queijo já vir assado da cozinha, é o melado de cana que o acompanha. Huuummmmm... impossível não lembrar da minha terra amada com essa combinação de queijo e mel de engenho!


Para experimentar, embora estivessem todos receosos, pedi uma mini Mocofava (R$ 11,90), uma combinação de mocotó com favada. No fim, todos provaram e aprovaram. Parece um caldinho de feijão branco com bacon e carne seca. Muito bom!



Na hora de pedir o prato principal, todos já estavam mais do que satisfeitos, mas ainda sonhávamos em comer a sobremesa (rsrsrs). Eu escolhi o Feijão-de-Corda e a Luli quis o Baião-de-Dois. Decidimos dividir entre os 4, porém, ao invés de pedirmos duas porções grandes, o garçom aconselhou que ficássemos com 2 porções médias. Como já diz o ditado que "quem avisa, amigo é", resolvemos seguir a indicação do garçom amigo.
O baião-de-dois (mistura de arroz, feijão, queijo coalho, linguiça, bacon e carne seca) estava soltinho e delicioso. Já o feijão-de-corda nos surpreendeu, pois não era o feijão verde, sem caldo, que costuma acompanhar a carne de sol. Era simplesmente um feijão normal incrementado.     


Minha única lamentação é que o grande movimento nos deixa envergonhados em estendermos a nossa visita, pois é o tipo de restaurante em que eu passaria a tarde toda bebericando e petiscando as delícias do cardápio.
Resumindo: ambiente alegre e colorido, com garçons receptivos como o povo nordestino e comida preparada com "sazon". Impossível não repetir!


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